A triste realidade da pobreza infantil no Japão
As pessoas que visitam o Japão raramente veem os sinais habituais de pobreza. As moradias não têm um aspecto decadente. Os sem-teto das áreas urbanas abrigam-se em tendas improvisadas em parques públicos ou nas margens dos rios. Os japoneses gostam de pensar que vivem em uma sociedade igualitária. Portanto, a situação de extrema pobreza de algumas crianças é um choque.
Os números oficiais referentes à pobreza infantil não foram publicados até 2009. Eles mostram que a taxa relativa de indigência infantil, definida como a proporção de crianças em famílias com uma renda líquida de menos da metade da média da renda familiar do país, aumentou de 11% em 1985 para 16% em 2012, uma das taxas mais altas entre os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A diferença socioeconômica entre as pessoas ricas e as crianças pobres é mais acentuada no Japão do que nos Estados Unidos e, segundo um relatório da Unicef divulgado em abril, não está muito distante dos níveis do México e da Bulgária.
Casais que trabalham em empregos irregulares ou temporários com baixos salários, que hoje correspondem a cerca de dois quintos de todos os postos de trabalho, vivem em condições econômicas precárias. Mas quase um terço das crianças pobres mora com mães solteiras, divorciadas ou viúvas. Pais ou mães que vivem sozinhos deixam crianças de apenas 5 anos em casa durante o dia ou a noite, com a refeição servida em um recipiente com divisórias para separar os alimentos. A pobreza leva muitas vezes as crianças a abandonarem a escola ou a dormirem nas ruas…
Fonte: opiniaoenoticia.com.br