As férias de verão do primeiro grau no Japão serão de 10 dias para que os professores possam descansar
Férias de verão de apenas dez dias no Shougakko (Escola Primária) e Chugakkou (Ginásio)? Pelo menos é o que a prefeitura de Yoshida-cho, na província de Shizuoka, vai instituir nas suas três Escolas Primárias e uma Escola Ginasial do Município.
A razão dessa mudança radical no calendário escolar do Município não poderia ser mais contraditória: deixar os professores das Escolas descansar!
Os professores do primeiro grau das escolas públicas japonesas realmente trabalham muito, pois têm um escopo de trabalho muito amplo: além de dar aulas, são inspetores de disciplina, substituem os pais como responsáveis durante o horário escolar, dão aulas de educação física e são tutores das atividades extra-curriculares intensas como beisebol e bandas, têm que responder às missivas dos responsáveis, só para falar o essencial.
São funcionários públicos que fazem 3 a 4 horas de horas-extras por dia e ainda levam trabalho para casa por que geralmente têm filhos e não podem voltar para casa tarde.
A média de horas-extras dos professores no Japão é de 57,6 horas por mês nas Escolas Primárias e 90,1 horas nas Escolas Ginasiais. No caso dos professores do ginásio, eles ultrapassam o “limite de horas extras mensais de morte por excesso de trabalho”, ou o que os japoneses chamam de “karoushi-line”, que é de 80 horas mensais (trabalhar mais de doze horas por dia todos os dias pode levar uma pessoa ao suicídio ou à morte por problemas de saúde, segundo as estatísticas trabalhistas japonesas)…
Fonte: ipc.digital