Brasil encara o Carnaval da recessão
Não há neste Carnaval nenhuma fantasia, por mais criativa que seja, capaz de alavancar as vendas das lojas especializadas.
Na tradicional fábrica de máscaras Condal, no Rio do Janeiro, os funcionários moldaram neste ano o rosto do japonês da Federal – o agente que aparecia com ar risonho e óculos de sol junto a todos os detidos da Operação Lava Jato. Também desenharam a do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e a dos políticos presos no escândalo da Petrobras, mas não há nenhum clima de euforia.
“Vendemos 3.000 máscaras do japonês, mas o resto, junto, não chega a outras 3.000. Só da do Joaquim Barbosa [então ministro do Supremo Tribunal Federal que foi protagonista no Carnaval de 2013] vendemos 15.000! Este ano está sendo muito difícil, vendi 30% menos”, calcula Olga Gibert, a catalã que comanda essa fábrica que abastece o Brasil com máscaras há 40 carnavais…
Fonte: brasil.elpais.com