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Casal faz tudo no pequeno Makoto San, com cozinha tradicional japonesa e boas histórias

Helio Makoto Yamashita, 43, é um contador de histórias. Ao sentar-se em um dos cinco lugares de seu balcão, em uma casa pequenininha e simples, bem simples, na Vila Clementino, as horas passam. Ouve-se relatos do garoto que era briguento e foi trabalhar com o tio, Shinji Mizumoto, no Shin-Zushi, aos dez anos de idade, a mando do pai. Limpava, fazia preparos quentes e fora desafiado a criar um prato diferente para os funcionários, com os quais dividia casa, a cada dia do ano.

Mais tarde, histórias do jovem que foi ao Japão, sofreu um acidente, dormiu umas noites numa estação, lavou louça em troca de comida, levou umas pancadas de mafiosos e aprendeu com um mestre que, na falta do bom japonês, ele devia sorrir. Aprendeu a fazer sushi, também. Ah, o sushi de Makoto Ao colocá-lo na boca, um minuto de atenção, dá para sentir grão a grão, textura macia, temperatura amena, que experiência.

Bem, voltou do Japão, abriu e fechou restaurante, passou por outras casas em São Paulo, viveu mais uma temporada no Japão, voltou, sofreu um aneurisma, ficou meses paraplégico e está há sete anos em recuperação. Ainda manca, pois, mas hoje é dono de seu próprio restaurante —inaugurou o Makoto San em abril, com o mínimo de investimento, que há de ser assumido por seu filho, quem sabe…

 

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Fonte: folha.com.br

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