Cuidado: Crianças de escolas primárias no Japão estão com uma nova brincadeira insólita
Estou aqui curtindo a minha madrugada de domingo para segunda, neste silêncio tão precioso, procurando na internet, alguma notícia interessante para ser publicada no site da IPC digital, e eis que me deparo com uma história inacreditável! Uma história que ainda está na sua forma mais tenra, ainda em processo de virar o que nós jornalistas chamamos de notícia. É assim:
Um rapaz japonês de codinome こっちゃん@YZF escreveu no seu twiter que estava dirigindo a sua moto quando uma menina apareceu de repente, na sua frente, de propósito. Ele felizmente conseguiu frear a sua moto a tempo e não atropelou-a. “Mas para dar um sermão pelo perigo que nós passamos, perguntei à garota porque ela tinha feito aquilo. E o mais incrível foi o que ela respondeu: Porque está na moda. Está todo mundo fazendo”. A garota tinha dez anos e estava cursando o terceiro ano primário.
こっちゃん@YZF relatou o fato no seu twiter e qual não foi a sua surpresa ao receber um monte de postagens de pessoas que tiveram experiências idênticas, não só de motos, mas com pessoas que dirigiam seus carros também. Ao checar os tweets, a gente tem a séria impressão que a coisa está mais disseminada entre as meninas, o que não quer dizer que os meninos não estejam fazendo esse tipo de brincadeira para “desafiar a coragem” (a palavra em japonês é “kimodameshi”). Alguns tweets relatavam incidentes com meninos também. Outros em duplas de garotas em atitudes desafiadoras como se dissessem: Atropele-me se é capaz! E parece que não é em uma região específica. Não é só de Tokyo ou de grandes cidades. Mas enfim, a menina ou o menino que consegue atravessar a rua, ileso, fazendo o motorista frear bruscamente na sua frente, é considerado “corajoso”, ou na maior parte das vezes, “corajosa”. E quem não quer participar disso, é o quê?
Qual o significado social que se esconde por trás dessa nova “brincadeira”? Quais são os fatores que fazem irromper esse tipo atitude? Certamente há um significado profundo que deve ter muito a ver com assa sensação de beco sem saída de um País que parou de crescer, que parou de casar, de namorar e de ter filhos. Desse país em que os adultos e crianças se matam por tão pouco…
Fonte: ipc.digital