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Entenda por que os trabalhadores não recebem aumento de salário no Japão

A economia japonesa desde a década de 1990 tem imposto diversos desafios à compreensão da sua dinâmica econômica. Ao “resgatar” a armadilha da liquidez, conceito que parecia mais uma curiosidade teórica, até que os estímulos monetários pararam de fazer efeito no Japão, o país vem tendo dificuldades para que a sua economia ganhe tração. Nem a forte expansão da base monetária foi suficiente para que a inflação respondesse (claro que os aumentos de impostos não ajudaram muito, pelo contrário).

Mesmo em um ambiente de pouco crescimento, a taxa de desemprego atingiu um nível muito baixo no Japão . Quando isso acontece, há quem espere que o salário real aumente, já que o mercado de trabalho pode estar mais “apertado” e a disputa dos trabalhadores por parte das empresas levaria ao aumento dos salários. Não tem acontecido. O salário real estagnou-se e existem diversas hipóteses para explicar o que acontece. Uma combinação de fatores é candidata para explicação do fenômeno: queda na NAIRU, participação e expectativas.

Na ciência econômica definimos a NAIRU, o acrônimo em inglês que representa a taxa de desemprego que não acelera a inflação, como um nível de referência para o mercado de trabalho. Quando o desemprego está acima da NAIRU, a tendência é que a inflação ceda, ao passo que se a taxa de desemprego estiver abaixo dela, os preços devem aumentar mais rapidamente. Alguém poderia argumentar que houve uma queda estrutural na taxa de desemprego japonesa e, portanto, o que vemos é um desemprego que está próximo do nível que não acelera a inflação…

 

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Fonte: economia.ig.com.br

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