Entre intervenções genéricas e arquitetura de relações: Uma jornada pela costa do Japão
Neste artigo, escrito por Christian Dimmer e ilustrado com as fotografias de Max Creasy,apresentamos uma análise da paisagem arquitetônica da costa do Japão após o terremoto e tsunami que devastaram Aomori, Iwate e Miyagi.
Poucos desastres foram tão complexos e tiveram implicações tão profundas quanto o terremoto, o tsunami e o vazamento nuclear que atingiram o nordeste do Japão em 11 de março de 2011. Ao passo que mais de 500 quilômetros de costa foram devastados, o desastre se desdobrou também em centenas de cidades que foram diferentemente afetadas dependendo de suas condições topográficas, suas morfologias urbanas, memória coletiva de desastres passados e laços sociais com as comunidades.
Ao viajar pela acidentada costa de Aomori, Iwate e Miyagi – com seus pequenos vilarejos pesqueiros encrustados nas reentrâncias geográficas e então adentrando em seus grandes campos de cultivo próximos às grandes cidades de Ishinomaki e Sendaim seguidos pelas áreas despovoadas de Fukushima – a recuperação do traumático desastre varia muito. Os desafios da reconstrução são ainda mais complicados pelo fato de que a maior parte dessas comunidades periféricas, distantes dos prósperos centros metropolitanos do Japão, vêm sendo despovoadas e têm rapidamente envelhecido…
Fonte: archdaily.com.br