O que o Japão tem a ensinar sobre inovação e tradição
A lista de tradições japonesas em terras brasileiras é grande. Somente no mês de julho, em São Paulo, foram celebrados três grandes eventos que homenageiam a cultura nipônica: o Festival do Japão, o Tanabata Matsuri e o Concurso Brasileiro de Canção Japonesa. Em agosto, ainda é a vez de os brasileiros pararem para contemplar as cerejeiras em flor, seguindo o costume do Hanami. Todos eles são reflexos de uma forte herança, que extrapola as barreiras geográficas e temporais. Em parceria com o Bradesco, patrocinador dos eventos, buscamos descobrir como um dos países que mais pensam pra frente no mundo mantém tão enraizadas as suas heranças culturais.
O velho e o novo se complementam
Um dos templos xintoístas mais importantes do Japão é o Meiji Jingu. Ele foi erguido em 1920, em homenagem ao Imperador Meiji, que governou o Japão na segunda metade do século 19. Comparado aos cerca de 80 000 templos religiosos do país, o Meiji Jingu é até bem recente. Mas ele tem uma característica interessante: está em Shibuya, uma das regiões mais movimentadas – e moderninhas – de Tóquio. Para visitá-lo, a estação de metrô mais próxima é a Harajuku, que também dá acesso ao ponto mais quente da moda na capital. As ruas lotadas estão constantemente cheias de adolescentes e jovens adultos que se vestem com uma mistura de punk com personagens de animes (desenhos japoneses).
De fato, a maneira como a herança cultural marca a vida cotidiana da população japonesa é singular: faz parte do dia a dia visitar templos, realizar rituais e até vestir trajes típicos. Caminhar em Tóquio é ver, na mesma esquina, moças vestidas de yukata (uma variedade de quimono tradicional), jovens com visuais excêntricos e pessoas de todas as idades com roupas formais, carregando maletas de trabalho em uma mão e bentôs preparados à moda antiga em outra…
Fonte: exame.abril.com.br